domingo, 31 de agosto de 2008

OBRA

De tanto que os cachorros fugiram que não tivemos escolha: temos que tirar a cerca e construir um muro. Obra é sempre chateação, mas até que os pedreiros trabalham direitinho e quase não incomodam.

O que mas está nos dando trabalho e chateação é a falta de profissionalismo, descaso, incompetência dos revendedores de material de construção.

Marido foi na loja "A Birosca", há 50km de casa na terça-feira, porque mesmo com o frete, foi o orçamento mais barato que encontramos. O próprio dono da loja, Sr. Enrolão, atendeu e garantiu que entregaria o material em dois dias. Dois dias. Tudo bem, porque tinha muita coisa a ser feita.

Uma parte do material chegou quinta-feira no final da tarde. Tudo bem que ele havia prometido entregar pela manhã, mas releva-se. Quinta-feira, era pro material ter chegado pela manhã. 12h e nada de material. Marido ligou, reclamou... e o caminhão chegou no final da tarde. Os pedreiros já haviam ido embora e sobrou pro Maridão ajudar a descarregar os tijolos. Mas ainda não havia chegado tudo.

Sexta-feira, a manhã se passou e cadê o resto do material?? Marido irritado, Sr. Enrolão dizendo que era longe! Claro que é longe! Por isso ele cobrou R$ 100,00 de frete! Se não podia cumprir o prometido, não prometesse, oras!

Pegamos emprestado alguns carrinhos de brita do vizinho. E nada do material chegar!

Sábado pela manhã, Marido ligou cedo pra loja. Sr. Enrolão veio de lero-lero, mas Marido já estava nervoso, não queria conversa: deu um prazo até 12h pro material chegar antes de colocar advogado, Procon, Pequenas Causas em cima da "Birosca". E Sr. Enrolão, homem de muita fibra, desligou o telefone. Quer esculhambação maior? Desligar o telefone na cara do cliente?
Mesmo assim, foi preciso comprar saibro na loja aqui perto de casa para os homens trabalharem.

Eu liguei às 10h e falei com a atendente. Só pra reiterar que precisávamos da entrega o quanto antes. Sr. Enrolão não podia atender. Que pena. Eu queria ter conversado com Sr. Enrolão. Queria ter explicado pra ele a teoria dos lucros cessantes e danos emergentes. Falar que por causa dele, nossa obra ficou parada dois dias. E os pedreiros recebem por isso. Explicar que meus cachorros estão presos, já que a cerca foi derrubada para a construção do muro. Como a obra vai atrasar dois dias por causa dele e Maridão volta a trabalhar na outra semana, vamos precisar contratar alguém pra passear com eles. Eu iria mostrar que, por causa dele, durante dois dias a mais eu terei que conviver com a cachorrinha da vizinha entrando no meu quintal, tombando lixo e fazendo suas necessidades por aqui, já que não temos cerca! Eu iria pedir pra ele calcular na ponta do lápis junto comigo:

Pedreiro + ajudante = R$ 100,00/dia x 2 dias a mais = R$ 200,00
Pessoa para passear com os cachorros e limpar o cocô da cachorrinha da vizinha = R$ 50,00/dia x 2 = R$ 100,00
Saibro extra que foi comprado no sábado = R$
Hora trabalhada de Maridão carregando a brita emprestada do vizinho e descarregando o caminhão = R$ 20,00
Ligações cobrando a entrega do material = R$ 20,00
Danos morais decorrentes da chateação de cobrar a entrega do material, preocupação no atraso da obra, chateação com a cadela da vizinha, com a segurança da casa = R$ 500,00
Advogado = R$ 2.000,00

Considerando que se eu entrar na justiça pedindo o reembolso disso tudo, acho que ele iria concluir que sai bem mais barato alugar uma frota de caminhões pra fazer a minha entrega.

Enfim, 12h50 de sábado o material chegou. Mas ainda não chegou tudo: aguardem próximos capítulos.

2 comentários:

Anônimo disse...

A solução para seus problemas: fábrica de sabão! Daí não precisa chegar atrasada, perder sono, construir muro.

Ah sim... fábrica de tamborim serve tb.

(ou de salsicha, ou a barraquinha de churrasco do zé da esquina...)

Damine disse...

hahahahaha

Mas o muro não foi por causa do gato.
Foi por causa dos NOSSOS cães...

Se fosse pelo gato... não tava nem azul.
É só deixar as feras soltas. Eles têm histórico.