terça-feira, 23 de março de 2010

Rotina médica

Numa linda segunda-feira, precisei ir ao médico. Exames de rotina.
Devo informar que o Hospital no qual o consultório da médica se encontra possui pouca disponibilidade de vagas e, as poucas que tem, ainda são divididas com uma faculdade de odontologia (ou seria medicina) que fica ao lado.

Liguei, marquei hora, cheguei atrasada, liguei para avisar que iria chegar atrasada...
A secretária me disse que se fosse até 10 minutos de atraso não teria problema, mas não me pareceu muito contente. Relevei.

Por um motivo que não vem ao caso, tive que retornar na quarta-feira seguinte. A médica disse que eu não precisava nem marcar, que podia ir direto. Foi o que eu fiz. Quando saí a secretária estava ao telefone.

Quarta-feira, na sala de espera, explico a situação. A secretária me olha com cara de poucos amigos e indaga se eu havia marcado hora. Respondi que não e que a médica havia me dito que não havia necessidade.

A secretária me disse então, de uma maneira visivelmente contrariada porém cortez, que eu deveria ter ligado antes, para que ela pudesse separar a ficha. aham... sei. Não demorou nem 5 segundos para ela encontrar.

A médica me deu uma bateria de exames. Dois deles seriam feitos numa clínica no próprio hospital. Marquei num dia pela manhã: 8h20. Atrasei-me claro. Trânsito, depois mil horas procurando uma vaga e ninguém atendia o telefone na clínica. Cheguei esbaforida e a atendente me disse que eu deveria remarcar porque cheguei atrasada. Saco.

Remarquei para um dia à tarde. A moça da "marcação" informou que eu deveria chegar com 20 minutos de antecedência. Cheguei. Esperei quase 1h pra ser atendida. Então pra que chegar antes? E pra que a palhaçada de ter que remarcar porque cheguei atrasada? Palhaçada! Pretendo nunca mais por os pés naquele belíssimo hospital a não ser para consulta com a tal Médica.

Bom, o último exame ficou pronto sexta-feira passada, dia 19. Desde então estou ligando insistentemente para a medica para marcar o retorno. Ligo pela manhã (várias vezes) e à tarde (várias vezes). Ninguém atende.

Suponho que a secretária não vai me fazer cara feia se eu aparecer no consultório amanhã, de surpresa. E aposto que não vai tecer qualquer comentário. Ou serei obrigada a contar minha triste história de amor com o Hospital no qual a Médica está instalada. E o tom que usarei será de uma superioridade-cínica-educada-raivosa-cheiaderazão.

Sofro!
E hoje não é sexta?????


Ai céus!
Jurava que fosse...

E agora?
Quem vai me ajudar a superar o trauma?


SOFRO.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Idade

Meus 30 anos não me incomodaram. Nem os 31, 32, 33, 34...
E os 35 até agora também não.

Mas confesso que alguma coisa gritou dentro de mim quando vi os pedidos médicos (dentre outros exames):

- Mamografia
- Tireóide.


Isso foi há alguns dias atrás e já passou.
Hoje vou comemorar a defesa do Mestrado de uma das Lulus. Tenho certeza que será "aprovada com louvor". E meus 35 anos bem vividos não me incomodam nem um pouco. Afinal, sou uma coroa enxuta e agora malhadora (em férias).

Vivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

quarta-feira, 17 de março de 2010

Férias

Na semana que se passou tive vários blond moments.
E fatos que antes eu acharia engraçados são fontes de críticas sociais, intelectuais e qualquer outro "ais" que couber no final de qualquer palavra.

Suspiro e constato a triste situação desta blogueira:

Preciso de férias...
Urgentemente.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Blond Moment

Sou totalmente a favor do "blond moment". Toda pessoa deveria ter direito a um momento loira por ano. Ou a cada seis meses. Só para desestressar. Mais que isso pode ser problemático.

Pois então, hoje tive meu blond moment.
Cheguei em casa e liguei o computador. Tudo funcionando, mas a tela do monitor estava preta. Logo deduzi que o problema estava no monitor! Tentei ligar no botãozinho do power e nada. Então deduzi novamente que o problema era a energia.
Constatei então que a fonte estava desconectada do flat screen (mas ligada no estabilizador). Dai resolvi procurar o "buraquinho" pra conectar o cabo de força... no próprio monitor... virei o monitor de ponta cabeça, de lado, pra trás, pra frente... nada. Até na base do bicho eu olhei.

Liguei para Bob, meu irmão expert em computador, mas ele não atendeu. Eu sabia que seria um mico federal, mas não tive escolha. Liguei para Marido. Ele não soube me explicar onde conectava o cabo (ou eu não entendi). Procurei de novo, de novo. Sempre tentando evitar o pior, mas não teve jeito. Fui obrigada a ligar para Papai.

Para quem não sabe, Papai é um sujeito muito gente boa, quando não está com a pá virada. Só que, quando ele está de bem com a vida, também é o sujeito mais gozador do Planeta. E uma das diversões preferidas dele é encher o saco da filha mais velha: EU.

Pois foi só Papai atender o telefone e eu dizer as palavras mágicas: preciso de ajuda para que o cabinho de conexão pulasse na minha frente. Sim, porque ele não estava ali. Ele não estava em lugar nenhum que eu pudesse ter visualizado. Ele estava se escondendo! Quando eu iria imaginar que o cabo de força do monitor seria ligado num outro cabo que sai do plug conectado ao computador??? Heeeeiiinnnn???

O resultado foi que não adiantou dizer que não precisava mais de ajuda... tive que contar o caso. E também tive que ficar 15 minutos escutando as gozações.

SOFRO.

Mas eis que Bob me retorna a ligação. Expliquei que por causa dele estava sofrendo humilhações. Que se ele tivesse atendido as minhas ligações eu não estaria em prantos e me descabelando, sentindo-me a pessoa mais idiota e frustrada do Mundo. E que por causa dele nunca mais poderia levar uma vida normal. Então, Bob pacientemente me explicou que ANTIGAMENTE os computadores eram ligados assim.

Pois muito bem. Como sou novinha, não era obrigada a saber disso. Não é da minha época.
Ponto final.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Microondas da Democracia

Dei carona hoje para uma moradora do meu Condomínio. Muito simpática, viemos conversando sobre a dificuldade de transporte para nosso esconderijo (ops) condomínio e ela achava que deveria haver um transporte público circular para a região.

No começo, achei que ela falava enrolado, mas depois tive certeza do que ouvia. Mudei totalmente minha opinião a respeito de transportes coletivos. Agora eu também acho que deveria haver vans e microondas para levar a galera do Condomínio até o Supermercado Container...

... Só temos que avisar as pessoas para não usar nada de metal.

Pior que isso, foi chegar no trabalho e ouvir um cidadão dizendo que a papelada estava demorando por conta da Democracia. Acho que Max Weber, que já está se revirando no túmulo pelo mau uso que se dá à sua Burocracia, deve agora estar tentando urgentemente se reencarnar em um ditador qualquer.

Sofro!

Contradições Modernas

Acho muito engraçado o comportamento humano.
Pessoas que se recusam a usar sacolas plásticas no Supermercado são as mesmas que compram Ecobags do próprio Supermercado que distribui gratuitamente sacolas plásticas. Só pra constar, eu tenho minha ecobag e acho louvável que pessoas pensem no meio ambiente. Mas não vou comprar ecobag de um supermercado que distribui gratuitamente sacolas de plástico.

Pessoas fazem casas ecológicas, vão de bicicleta para o trabalho, evitam comprar este ou aquele produto porque desmatam a amazônia...
... mas na festa de aniversário de seu pimpolho vai ter balões aos quilos, copos e pratos de plástico descartável e enfeites de isopor que vão durar uma noite e estarão na lixeira no dia seguinte.

Pessoas separam o lixo em suas lixeiras, tomam banho em 5 minutos e compram coisas de papel reciclável, mas usam quilos de detergente, desinfetante, etc e trocam de celular todo ano.

Eu até faço minha parte. Mas não sou ecologicamente engajada e nem faço discursos vazios. Existe uma grande diferença entre ter consciência ecológica e ser xiita. Mas ninguém (nem eu mesma) quer abrir mão de seu próprio conforto.

Então, cada um faça a sua parte. Sejamos coerentes. Nada de "varrer" a calçada com água todos os dias. Vamos economizar água. Vamos evitar usar sacolas plásticas, balões e copos descartáveis. Mas também vamos ser coerentes, razoáveis, tolerantes. Deixe o cidadão tomar banho de 40 minutos, deixe a cidadã comprar balões, deixe o cidadão trocar de celular todos os dias, deixe o fulano ir de carro pro trabalho! Ao fim e ao cabo, todos nós temos um rabinho preso não é verdade?

terça-feira, 9 de março de 2010

Ingratidão

E aí que uma pessoa do trabalho acordou de bom humor. Chamaremos de Jorge.
Jorge me pediu gentilmente para fazer um pedido de almoço delivery para ele e acrescentou que como havia prometido me pagar um lanche, havia disponível 40,00. Disse que eu poderia avisar às minhas colegas pra saber se elas queriam algo.

Eu agradeci, e disse que havia trazido lanche de casa. Que não iria aceitar o lanche, mas que iria perguntar às outras. Isso ocorreu pouco antes das 11h da manhã e a Lanchonete Delivery só aceita pedidos a partir das 11h.

Comuniquei à Sanguessuga que ficou toda animada e já foi dizendo qual era o seu prato predileto. Disse também que só iria pedir se eu pedisse, que eu poderia deixar minha comida na geladeira pra amanhã, dentre outras coisas. A outra colega, Simone, estava na sala do chefe e eu estava aguardando que ela saísse. Fiz umas contas por alto e vi que o dinheiro não seria suficiente para os 4 lanches, acrescentei 5,00 e comentei com Sanguessuga.

Sanguessuga logo começou a falar que Simone estava demorando muito, e que podíamos pedir qualquer coisa para ela. A reunião acabou por volta de 12h e eu então comuniquei à Simone da gentileza do Jorge e falei que seria necessário acrescentar mais R$ 5,00 cada uma. Veja bem... eu poderia ter pedido o que eu quisesse! O dinheiro foi pra mim, mas eu sou boazinha e dividi com todo mundo!

Logo Sanguessuga começou a reclamar que não precisaríamos pagar taxa de entrega, que não entendia por que precisariamos dar mais dinheiro, se já tínhamos R$ 40,00 disponível, dentre outras coisas. Achei pão-duragem das bravas! Afinal, o lanche sairia por metade do preço!

Por fim sugeriu que iria ela mesma buscar os lanches na Lanchonete Delivery e que também passaria no Ronald's e compraria pra ela um sanduiche de R$ 5,00. Então eu he entreguei os R$45,00.

Mas súbito (adoro essa palavra) mudou de idéia. Mais precisamente mudou de idéia quando viu que eu havia adicionado meus reles 5 reais à quantia total. Disse que não era necessário se preocupar com ela, que na verdade ela não estava mais a fim do lanche, que já tinha demorado muito e a vontade passou. Usou essas palavras:

- Ah... na verdade eu queria há uma hora atrás, quando você me ofereceu. Mas agora já passou a vontade.

Pergunto: é ou não é caso de internação?

Enfim... eu, Simone e Jorge tivemos uma belíssima refeição.
Devo admitir que a minha foi um pouco mais calórica do que eu gostaria, mas Sanduiche da Lanchonete Delivery é meu predileto.

E Sanguessuga...
bem... nem sei se comeu.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Machismo inato


Todos os dias Baby lista a rotina da manhã seguinte antes de dormir:
- Agola dumiiiiii, depois acodá, falá bom dia, tomá café, lavá loça, sisti filme, cová denti, i pá iscola.
Um belo dia ele tomou café depressa, desceu da cadeirinha e pediu pra colocar o filme X. Eu disse que não. Que primeiro eu e papai iriamos acabar de tomar café (oras bolas, que história é essa de sair correndo pra assistir TV??? Nada disso, molequinho).

Depois de espernear, reclamar, gritar, vem a resposta:
- Ah não, mamãe! Pála com isso. Vai lavá loça e coloca filme pá mim.

SOFRO!!!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Civilização

Tudo bem que ontem faltou luz em casa. Cheguei e estava tudo no mais completo breu.
Acendi velas pela casa toda, arrumei o essencial, coloquei comida pro Baby. Ele jantou tudinho.
Depois de comer, ele não quis escovar os dentes, mas ficar brincando comigo na cama.

Tudo bem, pensei. Daqui a pouco a luz volta, a gente escova os dentes, ele dorme, convido Marido pra uma cervejinha... zzzzzzz

E daí? Marido chegou estávamos no 15° sono. Mas passei a noite inteira acordando pra ver se a luz tinha voltado. Hoje cedo, 5h30 da manhã, a luz não havia voltado. Já ia ligar pra Cia de Energia quando a luz do rádio relógio voltou. Na verdade, era Marido religando o disjuntor. Ocorre que quando a energia começou a voltar (ontem ainda), estava dando picos de energia, e Marido achou por bem desligar o disjuntor. E bom... como eu estava dormindo, nem vi nada disso acontecer. Só que como eu estava preocupada com a hora que a luz ia voltar, não dormi direito.

E daí?

E daí nada.
Bebo cerveja hoje, oras.
Pensando bem, como está um tempo chuvoso, bebo vinho, né?

Né.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sofrimento de uma mulher casada

Vão me dizer que eu já sabia que era assim, que eu não posso reclamar, etc.
Mas afinal. Pra que foi mesmo que eu casei se não é pra falar mal do Marido?
Então comecemos:

Em algum lugar no século passado lançaram um filme chamado Conan, o Bárbaro. Abre parênteses: Não, eu não tinha 12 anos quando lançaram. Eu nem sabia ler. Aliás, eu nem tinha nascido! Não é do meu tempo. Fecha parênteses.

Marido decidiu que esse filme não poderia faltar na nossa coleção e comprou. Algumas vezes insistiu para que eu assistisse com ele, mas eu estava sem saco para isso. O filme é ruim, mal feito, uma história sem pé nem cabeça, com Arnold Schwazenegger novinho (se hoje já é ruim, imagine há 30 anos atrás. Hein??? Não! Eu não lembro! Não era nascida, já disse!).

Mas eis que um belo dia decido agradar Marido. Marido adora guaca mole. Eu tinha reservado o abacate para este fim. Mas como eu também tinha partido um pedaço do mesmo ainda não muito maduro, coloquei na geladeira (mea culpa).

Estava eu tentando colocar algumas milhares de fotos no Orkut quando ele chegou. Então fiz a proposta: você quer assistir Conan hoje? Eu faço uma guaca mole, a gente come com doritos, assiste o filme e bebe cerveja.

Ele gostou da idéia. Deixei o Orkut uploading as fotos e fui colocar Baby para dormir. Mal havia colocado o moleque na cama, escutei o barulho dos dedinhos no teclado. Pensei não vai dar certo!!!! E não deu. Quando Marido entrou no e-mail dele, o Orkut automaticamente entrou na conta dele, cancelando o upload das milequinhentas fotos! Raiva!

Tentei colocar novamente, em vão... desisti. Fui fazer a guaca mole. O abacate não amadureceu (Claro! Eu coloquei na geladeira!) Gritei da cozinha:

- Marido! Não vai rolar guaca mole não! O Abacate não amadureceu!
- Ah não! Te vira aí. Tô nem azul. Quero guaca mole!

...

- Marido! Não tem jeito! Não dá nem pra amassar! Tá muito duro!
- Tô nem azul!
- Você vai ter que comer tudo! Vou fazer!
- Eu como!

Claro que não comeu. Claro que tive de jogar tudo fora. Claro que ele falou pra mim: você não disse que estava tão duro! Raiva!

Vamos assistir Conan. Com salgadinhos de bacon e cervejinha. Com 20 minutos de filme Marido diz "Pô... mas o filme é ruim mesmo né?" RAIVAAAAA

Com 40 minutos de filme os olhos DELE estavam se fechando.
Com 50 minutos já era difícil disfarçar.
Com 60 ele assumiu que realmente estava dormindo.

Eu??? Assisti o filme inteiro porque sou burra e não consigo parar o filme pela metade. A não ser que seja muito ruim mesmo! SOFRO.

Pior foi que na hora que nos deitamos o sono dele simplesmente passou. SOFRO AO QUADRADO!