segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Baby

Mamãe... você não colocou meu tênis no lugar. Tá vendo? É esse o seu problema. Você não guardou meu tênis.

E a vida ficou mais bela... meu problema... é esse.

aiai...

sábado, 1 de outubro de 2011

Procurando Nemo

Essa aconteceu em no tradicional churrasco de final de ano da galera, em dezembro. Dessa vez, Marido e eu não estivemos presentes pois éramos padrinhos de um casamento no mesmo dia.   Mas nos fizemos muito bem representar. Amiga que quebrou o pé, amigo que chegou em casa com o dente quebrado e não sabe como, celulares e casacos apareceram em carros alheios... Mas talvez a melhor crônica do churrasco tenha sido a volta pra casa do meu irmão, Dunga.

Dunga estava hospedando um colega baiano bastante simpático e lá se foram os dois para o famigerado churrasco. O baiano não bebe nem uma gota de álcool o que o qualifica automaticamente como o amigo da vez. Ao contrário do Baiano, Dunga bebe. Afinal, não veio ao mundo a passeio. E bebeu muito no tal churrasco. Dentre outras peripécias impublicáveis, falou besteira, empurrou gente na piscina, essas coisas saudáveis que bêbado faz.

Baiano, vendo o estado de seu anfitrião, tratou de confiscar as chaves do carro. E ficou assistindo o circo de camarote. E Dunga bebendo. Até que Dunga deu P.T. Perda Total. E Baiano decidiu levá-lo embora. O único detalhe, é que ele não sabia o endereço e não se lembrava direito do caminho. E Dunga capotou no banco do carona.

Por sorte, saindo do estacionamento, eles encontraram uma outra figura que estava no churrasco: Dory (lembram-se de "Procurando Nemo"? A peixinha que sofre de perda de memória recente? Lembram-se da cena na qual ela diz  que viu o barco???? pois é...). Dory, prestativo, disse que iria guiar nosso ilustre visitante até a casa do manguaça capotado. Disse... mas esqueceu que disse. Esqueceu da vida. Esqueceu do mundo. Esqueceu até que estava bêbado. Foi seguindo o rumo de casa... da casa dele! Dory! E Baiano seguindo atrás, começou a perceber que o caminho não era aquele.

Tentou acordar Dunga. Em vão. Tentou de novo "ei cara! Diga aí onde você mora!" Mas Dunga havia incorporando uma entidade mal humorada, o espírito de Seu Lunga! E respondia, a cada pergunta do motorista Baiano perdido: "Não vou falar não".

"Que é isso, Dunga! Sou eu, o Baiano! Diga aí onde você mora!"

Dunga apenas cruzava os braços, virando-se de costas, e dizia: "não vou falar... Cara chato!"

Fico aqui imaginando a situação de um cidadão, em uma cidade desconhecida, sóbrio, às 4h da manhã, sendo obrigado a conduzir um bêbado que se recusa a dar informações sobre seu domicílio no qual o heróico cidadão encontra-se hospedado e tendo por guia um sujeito que não sabe pra onde está indo. Pânico?

Baiano, enquanto tentava obter alguma informação de Dunga, esforçava-se para chamar a atenção de Dory, com faróil alto, emparelhando o carro, gritando, acenando e buzinando mas, tal qual na animação, Dory pisou fundo no acelerador de seu A3. Baiano resignou-se e foi seguindo Dory até em casa. Afinal, a única pessoa naquele momento que poderia guiá-lo até a casa de Dunga, era Dory.

"Acorda, Dunga! Eu não sei onde nós estamos!"
"Que foi? Não vou falar não."
Chegando ao prédio de Dory, Baiano finalmente conseguiu interceptá-lo. Dory pediu mil desculpas (bêbadas), entrou no carro novamente e foi guiando até o destino. Só que Dory não sabia o endereço. E cheio de cachaça na cabeça, também não se lembrava direito do caminho. Cinco horas da manhã... dia quase amanhecendo. E dois carros suspeitos rondavam todas as ruas do "bairro". Entrando em todas as quadras, quase todos os conjuntos, na tentativa de encontrar a residência de Dunga, que repetia "não vou falar onde eu moro! já disse que eu não vou falar! cara chato!!!"