quinta-feira, 29 de maio de 2008

Sem culpa...

Recebi por e-mail, não chequei a autoria... mas tirando alguns pequenos detalhes, a essência reflete bem o que sinto hoje e algumas decisões que tomei há algum tempo.


Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer! Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros. Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada,
aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é
atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável, não! É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias!
Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra. A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e
vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.
(Martha Medeiros)

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Desenvolvimento Sustentável

Algumas coisas me fazem pensar... Será mesmo que as pessoas são tão suscetíveis a tudo aquilo que lhes é dito como verdade absoluta?

Uma coisa que me intriga é o que eu chamo de "consciência da moda". Agora é moda sermos ecologicamente corretos. Ótimo! Excelente! E o que eu, brasileiro responsável, preciso fazer para ser ecologicamente correto? SACOS DE PLASTICOS SÃO MAUS... MUITO MAUS: demoram a se decompor, poluem o meio ambiente... Sem contar que muitos jogam as sacolinhas (e outras coisas) na rua: sujam a cidade, entopem bueiros... O que fazer? COMPRAR minha sacolinha ecológica no... supermercado(!).
Eu devo ser muito chata mesmo, mas não entra na minha cabeça: O supermercado é o maior distribuidor de sacolinhas de plástico e EU PAGO para ter a sacolinha ecológica. O supermercado vai continuar distribuindo sacolinhas de plástico???? Simmmm! Ou seja: ele polui e eu pago pra ele continuar poluindo enquanto vou dormir com a minha consciência tranquila por ter feito a minha parte na construção de um mundo melhor!!!! Não entendo mesmo! É o mesmo que comprar uma cesta básica e doar para o supermercado distribuir pra quem tem fome... Faz sentido? Eu pago - considerando que o supermercado é honesto e não vai colocar os produtos de volta na prateleira para outro de bom coração doar também - o supermercado faz a doação em seu próprio nome, consegue isenção de uma série de impostos, fica com o nome bonito na praça e tudo às custas do dinheiro do consumidor.

Ah! Mas o aparelho celular deve ser trocado todo o ano, incentivado pelas tentadoras promoções que as operadoras realizam. Uso sandálias de plástico, bolsa de plástico, pinto o cabelo com luva de plástico descartável e para não ter trabalho em festinhas compro tudo descartável: de pratos a toalhas de mesa! E fralda? Descartável, claro... Fralda de pano nem pensar! Mas da minha sacolinha ecologicamente correta comprada de um supermercado ecologicamente incorreto não abro mão.

E o que dizer da água???? Gente! devemos economizar água. Eu faço a minha parte. Não tomo mais que dois copos de água por dia. É sério!!! Pergunte a quem me conhece. Não é ideologia nem nada: pura falta de hábito. Crianças, não sigam meu exemplo: é prejudicial à saúde!
Todo mundo fala: economize água. Mas ninguém abre mão do banho de 40 minutos, da máquina de lavar roupa, do tanquinho, da máquina de lavar louça... Minha mãe reaproveita a água da máquina. Muito simples: põe a mangueira de saída de água num balde de 100 litros. E sabe o que mais??? Está fazendo escola. Minha faxineira (que é a mesma dela) já falou que adotou o sistema em sua casa. Disse que não tem condições de ficar pagando conta alta de água. É muita água! Dá pra lavar banheiro, garagem, aguar as plantas e, se brincar, ainda enche a piscina!

Por falar em piscina! Brasília é a cidade das piscinas. Tenho até uma teoria a respeito da cor do céu de Brasília: é azul por causa do reflexo delas (brincadeirinhammmmmmm). Mas alguém já reparou no tanto de água que se joga fora cada vez que os piscineiros limpam uma piscina? E isso acontece pelo menos uma vez por semana em cada casa! Vejo sempre as ruas molhadas da água que escorre. Será mesmo que ninguém pensa em uma maneira de reaproveitar essa água? E encher??????? Liga-se a torneira do quintal e pronto! Enche a piscina... e pq não aproveitar a água da chuva?

Sem falar nas queimadas! "ah... mas eu faço só um foguinho no quintal pra queimar o mato seco. Nem é tanta emissão de CO2" Tudo bem... mas todo mundo faz isso! Então um foguinho vira um "fogão"! Por falar nisso: o fogão. Aliado nosso de cada dia na preparação dos alimentos. Mas é muito mais fácil usar o forno elétrico ou o microondas: suja menos panelas, é mais rápido etc... Claro. Mas e a eletricidade???? Sim, temos que economizar eletricidade também. Vamos todos comer sashimi e saladas!

E também vamos exterminar as pobres vacas. Consumir carne também não é ecológico: gases.

Enfim... o que eu queria deixar registrado não é minha indignação contra os ecologicamente corretos. Mas a favor da coerência! Não é preciso muito sacrifício, mas existem coisas muito mais simples e que a maioria não faz. Falando sério... fica parecendo aquelas pessoas enormes de gordas que se sentam em uma lanchonete, pedem o maior sanduiche, com bacon, ovo frito, maionese, catchup e tudo mais que tem direito e para acompanhar... refrigerante light.

Hum... pensando bem... acho que já tenho assunto para outro post.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Amigas

Muito já foi escrito a respeito de amizade feminina. Muita gente acredita que ela não exista, que mulheres são competitivas e que na primeira oportunidade passam a amiga pra trás. Eu discordo. Amizade feminina existe sim e eu tenho como provar: tenho amigas. Amigas de verdade.

Tenho amigas de longos anos. Estudamos juntas, bebemos juntas, nos embriagamos juntas. Às vezes discordamos, mas nunca brigamos. Estive presente no sofrimento delas, vice-versa, dando suporte e apoio. Já vi chorar, e vice-versa. Problema com o namorado de uma afetava a outra na mesma proporção: as dores de uma era da outra. Seguimos caminhos diferentes na vida mas ainda mantemos contato, carinho, fofocas, conselhos... Talvez com menos frequencia que na época de faculdade, ou balada. Mas o carinho permanece.

Também existem aquelas "amigas temporárias". Elas surgiram em algum momento da minha vida, curtimos bastante. Não temos mais contato, mas restou uma boa lembrança dos momentos que passamos juntas e dessa "amizade passageira".

Existem aquelas pseudo-amigas. Mas essas não fazem mais parte da minha vida... talvez nem da memória. Não vale a pena falar delas ou dos mau-momentos.

Enfim, isso tudo só para dizer que minhas amigas merecem um espaço no meu coração, na minha agenda, e na mesa do boteco para falarmos besteira uma vez ou outra. E é muito bom!
Obrigada, amiguinhas!

O Início

"No início era o caos"...
E é assim que ainda está: o Caos.

Mas pelo menos comecei, e isso é bom.