quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

E viva a diferença...

Ontem estava voltando pra casa e parei num sinal. Entretia-me com um dos meus passatempos preferidos: observar as pessoas. Comecei a reparar nas meninas que atravessavam a rua. Moças, mulheres... tão delicadas em seus vestidos, shorts, saias. Cabelos arrumados, bolsa, sapatos.

Comecei a me perguntar o que seres tão delicados, meigos podem querer com os homens? Peludos, sem jeito, sem vaidade. Homens não se preocupam com o que vestir, em combinar as roupas e os sapatos. Não passam cremes, não depilam. No máximo fazem/aparam a barba. Acham que está de bom tamanho um desodorante nas axilas e ponto final.

Enquanto as mulheres se cuidam, se embelezam. Esmeram-se na busca de um sapato bonito, em parecerem delicadas, pintam os cabelos, pintam o rosto...

Além do mais, são grossos. Poucas coisas os diferenciam dos neandertais: sabem comer com garfo e faca, por exemplo. Mas coçam o saco, falam alto, falam palavrões, xingam-se. Não diferenciam o sabor do queijo cottage da ricota. Pra eles tanto faz se é uma picanha ou músculo.

Ainda estava entretida em meus pensamentos quando paro em outro sinal. Um grupo desses seres desenvolvidos exercitava-se correndo na quadra residencial. Devido ao calor (ou ao suor) haviam se desvencilhado do que naquele momento era supérfluo (as camisetas). Os tórax desnudos, fortes, viris, as pernas rijas, movimentando-se na corrida. O suor que escorria pelas testas, o rosto másculo e a feição de esforço e cansaço, mas também de superação...

ops... o sinal abriu.
E eu... estava falando do que mesmo????

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