O Correio Braziliense noticiou hoje a notícia de que um professor de inglês temporário de uma escola de línguas da rede pública de Brazlândia - DF, teve o contrato cancelado por intransigência. Ele sugeriu a tradução da letra I kissed a girl, da Katy Perry - que basicamente fala que ela bebeu umas e outras, tomou coragem, beijou outra garota e gostou. A direção da escola vetou, alegando conteúdo impróprio. O professor desobedeceu e trabalhou a letra com os alunos, com idade entre 12 e 14 anos de idade. A escola denunciou e o contrato temporário foi rescindido. Agora o professor se sente injustiçado e alega homofobia.
Vejamos:
1) Nada contra homossexualismo (ou homoafetividade), muito pelo contrário. Mas convenhamos que beber, beijar outra pessoa do mesmo sexo traindo o namorado (ela fala que tem um namorado em um trecho da música) não é um grande exemplo né?
2) O sujeito é um professor. Deve ter estudado Pedagogia. Mesmo sabendo que a criançada de hoje já tem muito mais conhecimento do que a maioria de nós, adultos, alguns conteúdos não devem ser abordados de maneira leviana. Discutir homossexualismo e bebida tudo bem, desde que seja feita de maneira responsável e seriamente. E se a direção da escola alegou conteúdo impróprio (e eu concordo) deveria ter sido acatada. Ou que mudasse de colégio.
3) Não se trata de censura, ditadura, nada disso. Mas imagine... vamos então traduzir a letra de 666 The Number of the Beast, ou Hells Bells, ou quase todas do Black Sabbath. Com a justificativa de estudar o "past simple", ou o "present simple". Ora, cada família tem uma orientação para os filhos. A escola deve ser compatível com a mesma e, em se tratando de escola pública, pelo menos não ir contra. E como é praticamente impossível agradar a todos, o melhor é manter-se neutra. Como em cursos de línguas o contato com as crianças é limitado, acredito que o professor não tem autoridade para decidir o que é certo ou errado. Já que ele queria discutir os verbos no passado, poderia ter escolhido outra música igualmente atuais: Rehab - Rihanna, por exemplo.
3) Homofobia: ah sim... ele desobedece uma orientação da direção e diz que sofreu preconceito. Se fosse negro, diria que era racismo. Vamos ser coerentes! Se no meu emprego, eu quero escrever algo numa carta, minha chefe diz que não pode, mesmo assim eu escrevo, ela não tem motivo pra me demitir? Aí ela me demite e eu acuso de racismo. Queria ver se fosse num colégio particular. Numa escola de freiras... será que ele alegaria preconceito?
Isso está virando palhaçada. As leis que servem para proteger as minorias estão se voltando contra contra o feiticeiro por culpa dessas mesmas minorias, que não sabem usar. Como se alguém que recebe um cartão de crédito e sai comprando tudo que vê. Uma hora o crédito acaba.
No final do ano passado, um aluno da UnB registrou ocorrência contra um professor por racismo. E o aluno nem estava presente quando supostamente foi pronunciada a palavra "crioulo" pelo professor. Na minha terra, isso era chamado de fofoca. Hoje é racismo. E o resultado? O aluno retirou a queixa.
Talvez falte regulamentação mais específica. Sim, mais regulamentação, já que o bom-senso parece ter desaparecido da sociedade brasileira. Olha que lindo. O Presidente edita um decreto dizendo que chamar o cachorro de preto não é racismo. Ou que o apelido neguinha pode ser carinhoso. Ah! Esqueci... este Governo já editou a cartilha do politicamente correto (sigh).
E a Lei Maria da Penha? Uma atitude belíssima, necessária. Mas daqui a pouco vamos ter que criar a Lei João da Penha, para proteger o homem vítima da mulher que agiu de má-fé. A mulher provoca, agride, grita, o homem revida e é preso.
E gente, por favor... se eu não posso chamar uma bicha de bicha, vou chamar de quê? Ah... homoafetivo, lembrei. Então que se processem todos os homoafetivos que se referem a si mesmos e aos amigos como bichas. E se chamar de bofe, já sabe: processo!
- Ele me ofendeu senhor juiz... é homofobia... me chamou de homem e eu sou é BI-CHA!
As pessoas estão perdendo discernimento. Já não sabem mais avaliar a situação como um todo. Qualquer coisa é motivo para processo e indenização. A meu ver, é só uma forma de ganhar dinheiro fácil: malandragem. Esculhambação!
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