quinta-feira, 26 de junho de 2008

Esculhambação tem limite

Fico abismada de ver como a lenda do sucesso e dinheiro fácil é real no Brasil.
Antes era simples: bastava a mulher posar pra Playboy. Hoje todo mundo posa. É simples: apareceu na mídia, posa pra Playboy. É amante de senador, assistente de nãoseiquem, mulher moranguinho, melancia, jaboticaba, salada inteira (aliás, que coisa ridícula se comparar a frutas e verduras... tá que é pra se comer, mas precisa deixar explícito?). Posar pra revista masculina não choca mais ninguém. E todo mundo faz.

Mas tem gente que nem isso consegue. Ou até já conseguiu mas não foi suficiente pra promover a carreira. E agora a nova onda é filme pornô. Fala sério! Pra mim, atriz/ator de filme pornô é profissão menos digna que prostituta.

Mas a galera acha legal! É mãe, filha, atriz, ator, cantor (a), modelo... Que coisa! Só nos últimos meses já vi notícia de Compadre Washington, ex-Ronaldinha (que inclusive é casada com um japonês) e agora Leila Lopes que tem no curriculo 2000 - Marcas da Paixão - Creuza; 1997 - Malhação - Rosa; 1996 - O Rei do Gado - Suzane; 1994 - Tropicaliente - Olívia; 1993 - Renascer - Professora Lu; 1992 - Despedida de Solteiro - Carol; 1991 - O Guarani.

O que será que leva uma pessoa a isso? Não seria melhor ser caixa de supermercado? Vai que algum produtor reconhece a figura e ajuda a dar uma guinada na carreira! Eu achava que uma pessoa que se sujeita a fazer um filme desses não teria nenhuma outra opção na vida, já teria chegado ao fundo do poço. Mas vejo que me engano. Também, num País que valoriza mais a bunda do que o trabalho honesto, como exigir princípios?

Me corrijam se eu estou errada... não é muita esculhambação não?

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