segunda-feira, 21 de julho de 2008

Acordo Ortográfico

Gentem! Meu querido irmão é um pândego. E revoltou-se contra o acordo ortográfico da Língua Portuguesa. Segue o texto que nos foi enviado por e-mail e que ora compartilho com vocês por acreditar que o mundo merece degustar dessa pérola.


"Novo acordo Ortográfico"? Não sei mais nada.

Diz que é mentira, vai... que ideia ridícula. Vá explicar agora pra uma criança de 7 anos por que pinguim se pronuncia "pin-guim"e não "pingú-in" (aliás, será legal diferenciar a ave de um pingo pequeno mineiro... ou talvez até renda mais uma piada de pontinho) e saguão não é sagão, mas alambique também não se diz "alambiqüe", e adeque não é "adeqúe", nem "adeke".

Por outro lado, frequência também não é "frekência". Alguém tente me explicar então por quê... ou melhor... não! Melhor não. Sem contar as novas dúvidas (ou duvidas). Tipo: fala-se "européia" ou "europêia", e o sr. excelentíssimo contrarregra, que pela tendência vocal vai acabar virando "contrarrêgra". Como se não bastassem confusões clássicas como a de "rubríca" vs. "rúbrica". Suponho então que agora os infantes começarão a ter aulas de latim e "Etimologia 1" na primeira (ou melhor, segunda) série, para entender os porquês (ou porcuês?) disso tudo.

... Pensamento solto: seria "boia" o feminino de "boi"?

Ao mesmo tempo, não teria sido melhor então, ao menos tentar homogeneizar a escrita? Porque quem já tinha direito a algumas regalias, como crases, perdeu-as. Agora, microônibus não têm mais pára-brisas, e sim os micro-ônibus é que têm parabrisas. Legal, trocamos os banguelas pelos desdentados. Virou um zoológico (ou zo-ológico? Ou zoo-lógico?) ilógico. Será que eles não veem? Ou vêm? Nem vem?

Ou seja, todo mundo que achava que sabia português acabou de cair de paraquedas num neoexpressionismo de um semiobscurantismo ultraelevado e, em resumo, agora é café com leite na língua máter (ou lingua-mater, ou linguamáter, ou o diabo).

Muito bem-vindas as novas consoantes "kwy", cuja abolição foi erro histórico mas, tirando isso, me dá vontade de virar antiibérico, tornar-me arquirrival dessa panaceia e passar à autorregulamentação. Chamem-me "delin-qente" (não, frio)! Ato heroico, ("herôico" ou "heroíco"?) o dessa "assemblÊia" que sabe-se lá com qual "eloq-ente" "arg-ição" "creeeem" que tais disparates ajudarão. Enquanto isso não alça voo, vou com o povo e povoo meus textos com as regras antigas, que ao menos os tornam mais compreensíveis. Mas antes, vou ali "enxag-ar" minhas roupas, que esse "contrasssssenso" já está me dando enjoo.

Tenho dito!

Túlio Guimarães

O novo acordo ortográfico entra em vigor em 1° de janeiro de 2009 após 77 anos de negociação nos países cujos parlamentos já ratificaram: Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Portugal e deve estender-se a Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste. O objetivo é a unificação da escrita em todos os países da comunidade lusófona. O novo documento regulador privilegia o critério fonético contra o etimológico levando em conta as diferenças de pronúncia das diferentes comunidades envolvidas.

Presume-se que o novo acordo permitirá uma ampliação significativa do mercado de livros e periódicos, uma maior mobilidade na edição de livros e redução de custos de adaptação à linguagem regional. Também espera-se um estreitamento dos laços e interesses comuns. Na área diplomática, a elaboração e troca de documentos será dinamizada, eliminando-se a duplicidade de textos.

FONTE:Jornal do Brasil (RJ) 7/6/2008

Um comentário:

Anônimo disse...

EEEEEEEEEEEEEEE.U.Ê.I.N.!
Os pôvo eh tuuuudo doido!!
Tenho até preguiça de ler.
Mas... Como eu sei que foi o meu estimado tio quem escreveu esta maravilhosa... "prosopopéia flácida de acalentar bovinos", cujas fêmeas eles têm que substituir.
ahsuhauisia
>indpirei<
É isso...
Beijos.



Ps: pô meu! que saco botar letra maiúscula depois de ponto!!

:*