quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Falta de educação ou falta de classe?

Minha carteira de motorista venceu dia 4 de novembro. Eu comecei todo o processo de renovação cerca de duas semanas antes. Quero dizer, o processo de pedir informação, porque no total foram cinco informações diferentes que recebi.

Enfim, são coisas que acontecem e, no final, não atrapalharam tanto minha vida e acho que no fundo no fundo, ninguém é culpado. Apenas a Clínica que não tem informações completas a respeito de todo o processo.

No final, minha carteira, mesmo vencida continuou comigo e tem validade até um mês depois de vencida (conforme a primeira informação que recebi) e já resolvi todas as pendências. A greve do Detran já acabou e espero receber minha nova permissão até o final da semana que vem.

Mas o post não é sobre isso. É sobre uma cena deveras... hum... como expressarei... constrangedora? É... acho que constrangedor é o termo certo. Bem, uma cena deveras constrangedora que presenciei quando finalmente consegui fazer o exame para a renovação da supra-citada CNH.

Enquanto aguardava que a atendente preenchesse meus dados no computador e verificasse a regularidade da minha situação junto ao sistema, notei que havia um senhor (com jeito de dono da Clínica) que conversava de maneira nada discreta ao telefone. Ora, sendo um local de atendimento ao público, creio eu que ligações mais restritas deveriam ser tratadas em sala a parte, perfeitamente possível com uma reordenação do espaço do escritório. Enfim... não sou desinger de interiores e já estou fugindo ao assunto novamente.

O digníssimo senhor conversava com alguém que prestava serviço ou trabalhava com ele em outro local. Ele falava a respeito de confiança, credibilidade e honestidade, que aparentemente ele tinha e a pessoa do outro lado não. Dizia que a referida pessoa havia entrado no computador dele e pego dados pessoais pra usar contra ele e concluiu dizendo que gostaria de falar com a esposa dele.

E aí ouvi o seguinte exemplo de bons modos. O sujeito diz pra sua esposa o seguinte (sem bom dia, oi querida, nada...):
- Demite essa bosta. Já que ela quer ir embora hoje, manda ela embora hoje. Diz quanto é que fica que eu te dou o dinheiro. Quando eu chegar em casa não quero ver a cara dessa pessoa.

E eu pergunto...
Isso é falta de educação ou falta de classe? Sim, porque tratar de assuntos pessoais na frente de todos é falta de classe. Falar palavrão (ou se referir a outrem assim) é falta de educação. Fazer isso tudo na frente dos teus clientes é falta de... tato? classe?

Só sei que me deu uma vontade imensa de dizer ao digníssimo senhor, que os clientes da Clínica (e até mesmo os funcionários) não são obrigados a saber dos problemas pessoais dele ou do modo que ele trata seus empregados. Que eu não sou obrigada a ouvir coisas desagradáveis em um local que me está prestando um serviço e por conseguinte eu estou pagando. E que estava pensando seriamente em não mais voltar àquela clínica.

Mas suspirei fundo. Afinal, só precisarei pisar de novo naquele ambiente daqui a quatro anos. E ele não vai estar nem aí para o meu boicote já que existem muitas outras pessoas que vão fazer o mesmo exame. Além do mais, o doutor que me atendeu foi muito simpático e atencioso.

Tem horas que sinto vergonha de mim mesma, mas estou cansada de brigar.

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